Nos últimos anos, muita atenção tem sido voltada para o impacto da alimentação na saúde do cérebro. Entre os nutrientes mais estudados nesse contexto, o ômega 3 ocupa um lugar de destaque. Trata-se de um tipo de gordura poli-insaturada essencial, ou seja, que o corpo humano não consegue produzir sozinho, mas que é fundamental para diversas funções, especialmente no cérebro.
Dentro do grupo de ácidos graxos ômega 3, dois tipos ganham especial relevância: o EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido docosahexaenoico). O DHA, em particular, é um dos principais componentes estruturais das membranas das células cerebrais, estando presente em alta concentração nos neurônios. Já o EPA tem um papel importante na regulação de processos inflamatórios e no suporte ao equilíbrio químico cerebral.
Estudos indicam que níveis adequados de EPA e DHA estão associados a melhor desempenho cognitivo, memória e até a uma menor incidência de distúrbios de humor. Além disso, esses ácidos graxos parecem ajudar a proteger o cérebro contra os efeitos do envelhecimento.
Uma cápsula contendo 1000 mg de ômega 3, com 330 mg de EPA e 220 mg de DHA, pode ser uma forma prática de complementar a dieta, principalmente para quem não consome regularmente peixes de águas frias, como salmão, sardinha ou cavala as principais fontes alimentares dessas gorduras.
Ainda assim, é importante lembrar que a saúde cerebral depende de uma combinação de fatores: alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas, sono adequado e estímulo cognitivo constante. O ômega 3 é uma peça importante nesse quebra-cabeça, mas não atua sozinho.